É uma capela quinhentista, construída em honra do Divino Espírito Santo, que foi sendo submetida a várias obras de transformação, nomeadamente: ampliação do arco triunfal no século XVII, ampliação da nave em 1925 e requalificação do telhado em 2022.
A orientação desta capela está em linha com o antigo costume de orar virados para oriente (nascer do sol/Jerusalém).
O culto ao Divino Espírito Santo foi desenvolvido pelo frade Joaquim de Fiori (1135-1202) e expandido pelo movimento dos Joaquimistas ou Espirituais, que dividiam o tempo histórico em três idades ou impérios: o Império do Pai (antigo testamento), o Império do Filho (novo testamento) e o Império do Espírito Santo, que viria trazer a verdadeira justiça, donde brotaria uma sociedade nova, mais fraterna e solidária, isto é, o verdadeiro estado social onde caibam todos. Templários e Franciscanos tiveram um papel importante na difusão deste culto, que terá sido introduzido em Portugal há cerca de 700 anos pela Rainha Santa Isabel (1271-1336) e que floresceu na Beira Baixa. A sua festa realiza-se na sétima semana depois da Páscoa, que antigamente na Torre era muito concorrida, cheia de animação popular, abundância de carnes, bebidas e doçaria. Este culto visa também a proteção divina contra calamidades naturais.
Fontes:
– Direção Geral do Património Cultural (SIPA): aqui
– Culto do Espírito Santo em Portugal: aqui.
Coordenadas GPS: 40°02’37.6″N 7°31’19.9″W